Volume dos Serviços recua 0,9% em fevereiro


Em fevereiro de 2024, o volume de serviços no Brasil mostrou retração de 0,9% frente a janeiro de 2024, na série com ajuste sazonal, após registrar três resultados positivos consecutivos, período em que acumulou um ganho de 1,5%. 










PeríodoVariação (%)
VolumeReceita Nominal
Fevereiro 24 / Janeiro 24*-0,9-1,7
Fevereiro 24 / Fevereiro 232,56,8
Acumulado Janeiro-Fevereiro3,37,6
Acumulado nos Últimos 12 Meses2,25,9
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas  *série com ajuste sazonal

Dessa forma, o setor de serviços se encontra 11,6% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 1,9% abaixo de dezembro de 2022 (ponto mais alto da série histórica). No confronto contra fevereiro de 2023, sem ajuste sazonal, houve expansão de 2,5% em fevereiro de 2024, segundo resultado positivo seguido.

No indicador acumulado do primeiro bimestre deste ano, o volume de serviços teve crescimento de 3,3% frente ao mesmo período de 2023.

O acumulado nos últimos 12 meses mostrou perda de dinamismo ao passar de 2,3% em janeiro para 2,2% em fevereiro de 2024, mantendo, assim a trajetória descendente verificada desde outubro de 2022 (9,0%).




































Pesquisa Mensal de ServiçosIndicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação
Fevereiro 2024 – Variação (%)
Atividades de DivulgaçãoMês/Mês anterior (1)Mensal (2)Acumulado no ano (3)Últimos 12 meses (4)
DEZJANFEVDEZJANFEVJAN-DEZJAN-JANJAN-FEVAté DEZAté JANAté FEV
Volume de Serviços – Brasil0,50,5-0,9-1,84,02,52,44,03,32,42,32,2
1. Serviços prestados às famílias4,3-2,90,48,03,75,64,83,74,64,84,23,8
1.1 Serviços de alojamento e alimentação5,5-3,90,69,63,74,95,03,74,25,04,43,9
   1.1.1 Alojamento – – –7,7-4,0-1,47,7-4,0-2,97,75,22,6
   1.1.2 Alimentação – – –7,86,97,04,26,97,04,24,03,9
1.2 Outros serviços prestados às famílias-1,63,6-1,9-2,14,010,23,64,06,83,62,83,2
2. Serviços de informação e comunicação0,71,2-1,53,26,75,63,56,76,23,53,73,7
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC)0,21,2-0,15,66,15,44,06,15,74,04,24,0
2.1.1 Telecomunicações0,70,21,19,05,16,33,55,15,73,54,04,4
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação-1,93,7-1,53,17,34,34,67,35,84,64,33,6
2.2 Serviços audiovisuais-6,425,7-2,6-13,311,87,8-0,311,89,8-0,30,71,1
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares-1,51,0-1,9-1,24,92,63,74,93,83,73,63,6
3.1 Serviços técnico-profissionais-6,011,3-4,8-3,811,07,74,411,09,44,44,64,7
3.2 Serviços administrativos e complementares-1,3-0,2-0,3-1,51,4-0,43,31,40,53,32,82,7
   3.2.1 Aluguéis não imobiliários-0,23,8-7,39,211,53,218,811,57,418,817,015,4
   3.2.2 Serviços de apoio às atividades empresariais-3,60,1-0,9-4,8-1,9-1,6-1,0-1,9-1,7-1,0-1,2-1,0
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio0,50,3-0,9-6,02,0-0,81,52,00,61,51,30,9
4.1 Transporte terrestre-1,11,7-1,1-3,14,81,86,14,83,36,15,44,8
   4.1.1 Rodoviário de cargas – – –4,410,03,510,110,06,710,110,710,8
   4.1.2 Rodoviário de passageiros – – –-15,3-3,5-3,2-2,1-3,5-3,4-2,1-4,2-5,5
   4.1.3 Outros segmentos do transporte terrestre – – –-9,2-1,82,32,2-1,80,22,21,41,0
4.2 Transporte aquaviário3,91,81,84,85,08,25,75,06,65,75,25,1
4.3 Transporte aéreo-5,47,23,4-23,4-10,1-11,0-0,8-10,1-10,5-0,8-0,9-2,0
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio5,3-3,8-0,7-9,2-0,1-5,0-7,4-0,1-2,6-7,4-7,0-7,0
5. Outros serviços-1,40,2-1,0-10,83,13,8-1,83,13,5-1,8-1,5-1,3
    5.1 Esgoto, gestão de resíduos, recuperação de materiais e descontaminação – – –-0,41,31,53,21,31,43,23,23,0
    5.2 Atividades auxiliares dos serviços financeiros – – –-15,03,03,5-5,33,03,2-5,3-4,9-4,3
    5.3 Atividades imobiliárias – – –18,98,010,814,28,09,314,213,113,0
    5.4 Outros serviços não especificados anteriormente – – –-5,01,82,24,61,82,04,63,22,5
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas          
(1) Base: mês imediatamente anterior – com ajuste sazonal(3) Base: igual período do ano anterior         (2) Base: igual mês do ano anterior(4) Base: 12 meses anteriores         

A retração do volume de serviços na passagem de janeiro para fevereiro de 2024 foi acompanhada por quatro das cinco atividades de divulgação investigadas, com destaque para o recuo vindo dos profissionais, administrativos e complementares (-1,9%), que eliminaram o ganho obtido em janeiro (1,0%). As outras retrações ficaram com informação e comunicação (-1,5%); transportes (-0,9%); e outros serviços (-1,0%), com o primeiro setor perdendo parte do ganho acumulado nos últimos quatro meses (3,6%); o segundo eliminando o avanço de 0,8% verificado entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024; e o último recuando após assinalar ligeiro acréscimo em janeiro (0,2%).

Em sentido oposto, os serviços prestados às famílias (0,4%) mostraram uma ligeira variação positiva após terem recuado 2,9% em janeiro. 

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total do volume de serviços mostrou estabilidade (0,0%) no trimestre encerrado em fevereiro de 2024 frente ao nível do mês anterior. Entre os setores, houve equilíbrio de taxas negativas e positivas: profissionais, administrativos e complementares (-0,8%); e outros serviços (-0,7%) assinalaram retração; enquanto serviços prestados às famílias (0,6%) e informação e comunicação (0,1%) cresceram neste tipo de indicador.

Por sua vez, o setor de transportes (0,0%) repetiu o resultado do volume de serviços global, ao registrar variação nula em fevereiro.

Frente a fevereiro de 2023, o volume do setor de serviços apontou expansão de 2,5% em fevereiro de 2024, segundo resultado positivo seguido. O avanço deste mês foi acompanhado por quatro das cinco atividades e contou ainda com crescimento em 59,6% dos 166 tipos de serviços investigados.

Entre os setores, o de informação e comunicação (5,6%) exerceu o principal impacto positivo, impulsionado, principalmente, pelo aumento da receita em telecomunicações; desenvolvimento e licenciamento de softwares; suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação; TV aberta; e edição integrada à impressão de livros. Os demais avanços vieram dos profissionais, administrativos e complementares (2,6%); dos prestados às famílias (5,6%); e dos outros serviços (3,8%).

Em sentido oposto, o único resultado negativo ficou com o setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,8%), pressionado, especialmente, pela menor receita das empresas que atuam nos ramos de gestão de portos e terminais; transporte aéreo de passageiros; rodoviário coletivo de passageiros; e marítimo de cabotagem.

No acumulado do primeiro bimestre de 2024, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços apresentou expansão de 3,3%, com todas as cinco atividades de divulgação apontando taxas positivas e crescimento em 62,7% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, a contribuição positiva mais importante ficou com o ramo de informação e comunicação (6,2%). Os demais avanços vieram dos profissionais, administrativos e complementares (3,8%); dos prestados às famílias (4,6%); dos outros serviços (3,5%); e dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,6%).

Retração em 14 das 27 unidades da Federação em fevereiro

Regionalmente, a maior parte (14) das 27 Unidades da Federação (UF) assinalou retração no volume de serviços em fevereiro de 2024, na comparação com o mês anterior. Entre os locais que apontaram taxas negativas nesse mês, o impacto mais importante veio de São Paulo (-1,0%), seguido por Paraná (-2,5%), Rio de Janeiro (-0,7%), Mato Grosso (-2,7%), Ceará (-1,3%) e Espírito Santo (-1,4%).

Em contrapartida, Bahia (0,9%), seguida por Pará (1,7%) e Rio Grande do Norte (3,5%) exerceram as principais contribuições positivas do mês.

Na comparação com fevereiro de 2023, a expansão do volume de serviços no Brasil (2,5%) foi acompanhada por 22 das 27 UFs. As contribuições positivas mais importantes ficaram com Rio de Janeiro (4,0%) e Minas Gerais (5,6%), seguidos por Paraná (6,3%), Santa Catarina (8,4%), Distrito Federal (9,9%), São Paulo (0,5%) e Rio Grande do Sul (4,6%). Em sentido oposto, Mato Grosso (-8,8%) liderou as perdas do mês.

No acumulado do primeiro bimestre de 2024, frente a igual período do ano anterior, o avanço do volume de serviços no Brasil (3,3%) se deu de forma disseminada entre os locais investigados, já que 23 das 27 UFs também mostraram expansão na receita real de serviços.

O principal impacto positivo em termos regionais ocorreu em São Paulo (1,3%), seguido por Rio de Janeiro (4,6%), Paraná (8,5%), Minas Gerais (5,5%) e Santa Catarina (9,0%). Por outro lado, Rio Grande do Norte (-2,1%) e Mato Grosso (-0,6%) registraram as influências negativas mais importantes sobre índice nacional.

Atividades turísticas recuam 0,8% em fevereiro

Em fevereiro de 2024, o índice de atividades turísticas apontou retração de 0,8% frente ao mês anterior, segundo revés seguido, período em que acumulou uma perda de 1,8%. Com isso, o segmento de turismo se encontra 2,2% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 4,3% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Regionalmente, seis dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de retração verificado na atividade turística nacional (-0,8%). A influência negativa mais relevante ficou com São Paulo (-2,9%), seguido por Santa Catarina (-3,7%), Ceará (-5,4%) e Minas Gerais (-1,5%). Em sentido oposto, Distrito Federal (8,3%) e Bahia (2,4%) assinalaram os principais avanços em termos regionais.

Na comparação de fevereiro de 2024 com fevereiro de 2023, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou variação positiva de 0,3%, 35ª taxa positiva seguida, sendo impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de restaurantes; serviços de bufê; agências de viagens; e espetáculos teatrais e musicais.

Em termos regionais, seis das 12 UFs onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para Minas Gerais (4,9%), seguido por Rio de Janeiro (2,6%) e Bahia (5,7%). Em contrapartida, Espírito Santo (-12,2%), Goiás (-8,9%), Rio Grande do Sul (-3,4%) e Distrito Federal (-3,9%) exerceram os principais impactos negativos do mês.

No indicador acumulado do primeiro bimestre de 2024, o agregado especial de atividades turísticas mostrou expansão de 0,3% frente a igual período do ano passado.

Regionalmente, seis dos 12 locais investigados também registraram taxas positivas, em que sobressaíram os ganhos vindos de Minas Gerais (7,6%), seguido por Rio de Janeiro (3,6%), Bahia (3,2%) e Pernambuco (4,0%). Em sentido oposto, Distrito Federal (-7,5%), Rio Grande do Sul (4,8%), Goiás (-8,6%) e Espírito Santo (-10,3%) registraram os impactos negativos mais importantes no acumulado do ano no turismo.

Em fevereiro, o transporte de cargas cai e o de passageiros fica quase estável

Em fevereiro de 2024, o volume de transporte de passageiros no Brasil registrou ligeiro acréscimo de 0,1% frente a janeiro, na série com ajuste sazonal, segundo resultado positivo seguido, período em que apontou ganho acumulado de 2,9%. Dessa forma, o segmento se encontra, nesse mês de referência, 5,4% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 27,3% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).

Por sua vez, o volume do transporte de cargas apontou retração de 1,4% em fevereiro de 2024, após ter avançado 0,8% em janeiro. Dessa forma, o segmento se situa 5,5% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023). Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 34,3% acima de fevereiro de 2020.

No confronto entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2023, sem ajuste sazonal, o transporte de passageiros mostrou retração de 5,6%, quarto revés consecutivo; ao passo que o transporte de cargas mostrou crescimento de 3,7%, assinalando, assim, o 42º resultado positivo seguido.

No indicador acumulado do primeiro bimestre deste ano, o transporte de passageiros mostrou retração de 5,7% frente a igual período de 2023, enquanto o de cargas avançou 5,5% no mesmo intervalo investigado.



Fonte: Agência Sebrae

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