Em fevereiro, vendas no varejo crescem 1,0%


Em fevereiro de 2024, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 1,0%, frente a janeiro, na série com ajuste sazonal. No mês anterior, a alta havia sido de 2,8%. A média móvel trimestral variou 0,7% no trimestre encerrado em fevereiro.











PeríodoVarejoVarejo Ampliado
Volume de vendasReceita nominalVolume de vendasReceita nominal
Fevereiro / Janeiro*1,01,21,21,6
Média móvel trimestral*0,81,11,31,7
Fevereiro 2024 / Fevereiro 20238,210,99,711,9
Acumulado 20246,18,28,210,1
Acumulado 12 meses2,34,03,65,7
*Série COM ajuste sazonal    
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas 

Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista subiu 8,2% frente a fevereiro de 2023, nono avanço seguido. O acumulado no ano foi de 6,1% enquanto o acumulado nos últimos 12 meses registrou crescimento de 2,3%.

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas cresceu 1,2% na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral foi de 0,7% em fevereiro. Na série sem ajuste sazonal, que inclui, além das atividades citadas, o atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo, o varejo ampliado cresceu 9,7%. O acumulado no ano foi de 8,2% enquanto o acumulado em 12 meses a variação acumulado foi de 3,6%.

Em fevereiro, o comércio varejista brasileiro cresceu 1,0% na comparação com o mês anterior, após a alta registrada em janeiro (2,8%). É o segundo mês consecutivo de alta. A última vez que o varejo registrou dois meses consecutivos de alta foi em setembro de 2022 (0,5% em agosto e 0,7% em setembro). Com isso, o comércio atinge o máximo da série histórica, superando em 0,5% o nível recorde anterior (outubro de 2020), e 7,1% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020.

Seis das oito atividades avançaram em relação a janeiro

Em fevereiro de 2024, na série com ajuste sazonal, houve taxas positivas em seis das oito atividades pesquisadas: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (9,9%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,8%), Livros, jornais, revistas e papelaria (3,2%), Móveis e eletrodomésticos (1,2%), Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (0,5%) e Tecidos, vestuário e calçados (0,3%).
























BRASIL – INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES:
 Fevereiro 2024
ATIVIDADESMÊS/MÊS ANTERIOR (1)MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIORACUMULADO
Taxa de Variação (%)Taxa de Variação (%)Taxa de Variação (%)
DEZJANFEVDEZJANFEVNO ANO12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2)-1,52,81,01,24,08,26,12,3
1 – Combustíveis e lubrificantes1,0-0,3-2,70,10,8-0,20,30,9
2 – Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo0,70,8-0,25,46,39,67,94,7
       2.1 – Super e hipermercados0,51,10,05,36,810,28,55,0
3 – Tecidos, vest. e calçados-7,08,50,30,60,5-0,50,0-4,2
4 – Móveis e eletrodomésticos-7,64,11,2-3,30,13,71,80,9
       4.1 – Móveis-3,4-2,75,51,1-4,2
       4.2 – Eletrodomésticos-2,11,53,72,54,4
5 – Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria-0,7-1,19,94,87,118,512,77,4
6 – Livros, jornais, rev. e papelaria-2,9-3,33,2-8,1-8,8-6,0-7,7-8,0
7 – Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação-13,46,80,5-0,94,310,57,22,3
8 – Outros arts. de uso pessoal e doméstico-4,96,94,8-12,0-2,19,63,1-9,1
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3)-1,82,81,20,16,89,78,23,6
9 – Veículos e motos, partes e peças-4,23,73,97,411,916,614,110,1
10- Material de construção0,70,0-0,2-2,20,65,02,6-1,1
11- Atacado Prod.Alimen.,Beb. e Fumo   2,816,410,113,24,1
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas       
(1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.     (3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 11.        

Por outro lado, entre janeiro e fevereiro, houve taxas negativas em dois dos oito grupos de atividades do varejo: Combustíveis e lubrificantes (-2,7%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%).

As duas atividades adicionais que compõem o varejo ampliado nesse indicador tiveram trajetória distinta: Veículos, motos, partes e peças cresceu 3,9% e Material de Construção variou -0,2% em volume.

Cinco atividades do varejo avançaram frente a fevereiro de 2023

Em relação a fevereiro de 2023, cinco dos oito setores investigados no comércio varejista avançaram: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (18,5%), Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (10,5%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (9,6%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,6%) e Móveis e eletrodomésticos (3,7%).

Os outros três setores apresentaram taxas negativas na mesma comparação: Livros, jornais, revistas e papelaria (-6,0%), Tecidos, vestuário e calçados (-0,5%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,2%).

No comércio varejista ampliado, houve taxas positivas nas três atividades adicionais que são consideradas na comparação com o mesmo período do ano anterior: Veículos e motos, partes e peças (16,6%), Material de construção (5,0%) e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (10,1%).
























BRASIL – INDICADORES DA RECEITA NOMINAL DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES:
Fevereiro 2024
ATIVIDADESMÊS/MÊS ANTERIOR (1)MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIORACUMULADO
Taxa de Variação (%)Taxa de Variação (%)Taxa de Variação (%)
DEZJANFEVDEZJANFEVNO ANO12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2)0,31,01,23,95,710,98,24,0
1 – Combustíveis e lubrificantes0,20,1-2,95,4-0,91,50,3-9,3
2 – Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo1,12,00,55,67,811,89,87,4
       2.1 – Super e hipermercados0,82,20,65,58,412,410,47,8
3 – Tecidos, vest. e calçados1,2-0,9-0,53,13,11,92,62,4
4 – Móveis e eletrodomésticos-7,03,91,0-4,7-1,22,20,3-0,7
       4.1 – Móveis-1,3-1,07,12,80,2
       4.2 – Eletrodomésticos-4,8-1,30,6-0,40,1
5 – Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria-0,70,09,910,613,525,819,515,1
6 – Livros, jornais, rev. e papelaria0,0-0,31,60,6-0,32,81,00,5
7 – Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação-14,36,90,0-5,9-0,35,42,4-5,2
8 – Outros arts. de uso pessoal e doméstico-4,57,45,3-9,41,413,16,6-4,7
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3)-1,52,81,62,08,311,910,15,7
9 – Veículos e motos, partes e peças-4,33,53,77,310,515,613,011,4
10- Material de construção1,40,00,3-2,9-0,34,52,0-0,2
11- Atacado Prod.Alimen.,Beb. e Fumo   5,120,915,718,38,6
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas      
(1) Séries com ajuste sazonal.        
 

O setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou alta de 18,5% nas vendas frente a fevereiro de 2023. Ao todo, são 12 meses consecutivos de crescimento para o indicador interanual (o último mês registrar queda foi fevereiro de 2023: -0,5%). Com isso, a atividade representa a segunda maior contribuição na taxa global do varejo, somando 1,8 p.p. ao total de 8,2%. Nos dois primeiros meses do ano o setor acumula 12,7%, mais intenso que até janeiro (7,1%). Em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 5,9% até janeiro para 7,4% em fevereiro, o setor mostra aumento de intensidade de crescimento.

A atividade de revenda de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentou alta de 10,5% nas vendas frente a fevereiro de 2023, segundo mês consecutivo a registrar alta (em dezembro de 2023 o resultado havia sido -0,9%, enquanto janeiro registrou 4,3%). No primeiro bimestre de 2024 o setor acumula 7,2% em relação ao mesmo período de 2023 e nos últimos dozes meses o valor, até fevereiro, foi de 2,3%, acima do acumulado até janeiro (1,4%).

Em fevereiro, o agrupamento que abrange Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou aumento de 9,6% nas vendas frente a fevereiro de 2023 décimo nono mês consecutivo a registrar alta no indicador interanual (o último mês a apresentar taxa negativa foi julho de 2022: -0,3%). Com isso, o setor foi o que mais contribuiu para a composição da taxa interanual do varejo, adicionando 5,3 p.p. ao total de 8,2%). No bimestre o setor acumula 7,9% de variação, enquanto nos últimos doze meses, o acúmulo é positivo em 4,7%.

Após 21 meses de quedas consecutivas, a atividade denominada de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos etc., apresentou crescimento de 9,6% no indicador interanual (a última vez que a taxa interanual havia registrado valor positivo foi em abril de 2022: 1,1%). Com isso, o primeiro bimestre de 2024, em comparação com o primeiro bimestre de 2023, fechou em alta de 3,1%, quebrando uma sequência também de 21 meses acumulando perdas no ano. Nos últimos 12 meses o setor acumula perda de 9,1% até fevereiro, menos intensa que o resultado até janeiro (-10,5%).

Móveis e eletrodomésticos apresentou alta de 3,7% nas vendas frente a fevereiro de 2023, sendo o primeiro mês a registrar crescimento após dois meses: o resultado de janeiro de 2024 (0,1%) é interpretado como estabilidade, enquanto dezembro de 2023 registrou -3,3%). O setor inicia o ano com acúmulo positivo no primeiro bimestre, frente ao mesmo período de 2023, registrando 1,8%. Nos últimos doze meses há ganhos de 0,9% até fevereiro de 2024.

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria teve queda de 6,0% nas vendas frente a fevereiro de 2023, décimo terceiro resultado no campo negativo para o indicador interanual (o último mês a registrar crescimento foi janeiro de 2023: 18,3%). No primeiro bimestre de 2024 as perdas acumuladas chegam a 7,7% e nos últimos 12 meses o valor é de -8,0%.

A atividade de Tecidos, vestuário e calçados apresentou variação negativa em 0,5% nas vendas frente a fevereiro de 2023, resultado que inverte taxa positiva de 0,5% registrada em janeiro. Nos primeiros dois meses do ano de 2024 o setor apresenta estabilidade em relação ao mesmo período do ano anterior (0,0%), demonstrando perda de ritmo em relação a janeiro (0,5%) No indicador de 12 meses a atividade passa de -4,7% até janeiro de 2024 para -4,2% até fevereiro.

O setor de Combustíveis e lubrificantes variou -0,2% nas vendas frente a fevereiro de 2023. Esse resultado, que representa estabilidade, vem após crescimento de 0,8% em janeiro. Nos últimos oito meses o setor, para o indicador interanual, teve apenas janeiro de 2024 em alta, sendo que seis (de julho a novembro de 2023) em queda. No primeiro bimestre de 2024 há um acúmulo de 0,3% e no ano até fevereiro o valor é de 0,9%.

No comércio varejista ampliado, as empresas que comercializam Veículos e motos, partes e peças apresentaram crescimento de 16,6% no volume de vendas frente a fevereiro de 2023, seguindo trajetória positiva pelo décimo mês consecutivo. No que tange ao comércio varejista ampliado, o setor registra a segunda maior contribuição dentre os onze setores pesquisados, somando 2,8 p.p. no total de 9,7% do interanual. O primeiro bimestre de 2024 apresentou crescimento de 14,1% em relação ao mesmo período do ano anterior enquanto o indicador de doze meses fechou fevereiro com 10,1%.

As vendas de Material de construção apresentaram crescimento de 5,0% frente a fevereiro de 2023, maior que o apresentado em janeiro (0,6%). O primeiro bimestre de 2024, fecha também com ganhos (2,6% acima do primeiro bimestre de 2023). Já o indicador acumulado dos últimos doze meses até fevereiro (-1,1%) registra perdas por 24 meses consecutivos (o último resultado positivo foi fevereiro de 2022: +1,0%).

Ainda no âmbito do varejo ampliado, a atividade de Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou alta de 10,1% na comparação de fevereiro de 2024 com fevereiro de 2023, sétimo mês consecutivo de crescimento. O setor somou 1,5 p.p. do total de 9,7% do indicador interanual do varejo ampliado, terceira maior contribuição para fevereiro. No ano, o acúmulo é de 13,2% e nos últimos doze meses é de 4,1%.

Varejo regista alta de 6,1% no primeiro bimestre de 2024

O primeiro bimestre de 2024, na comparação com o mesmo período do ano anterior, teve crescimento de 6,1% para o comércio varejista. Em termos setoriais, houve predominância de resultados positivos, com seis setores apresentando resultados positivos: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (12,7%), Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (7,9%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (7,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,1%), Móveis e eletrodomésticos (1,8%) e Combustíveis e lubrificantes (0,3%).

A atividade de Livros, jornais, revista e papelaria fechou o bimestre em queda de 7,7% enquanto Tecidos, vestuário e calçados registrou estabilidade (0,0%).

Em se tratando do comércio varejista ampliado, o primeiro bimestre de 2024 cresceu 8,2% em relação ao mesmo período de 2023. Setorialmente, Veículos e motos, partes e peças apresentou crescimento de 14,1%, Material de construção de 2,6% e Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo de 13,2%.

Vendas avançam em 20 das 27 unidades da federação em relação a janeiro

Na passagem de janeiro para fevereiro de 2024, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista foi de 1,0% com resultados positivos em 20 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Paraíba (5,7%), Amapá (5,2%) e Mato Grosso (4,3%).

Por outro lado, seis Unidades da Federação apresentaram resultados negativos entre janeiro e fevereiro,  com destaque para: Bahia (1,4%), Amazonas (-0,8%) e Paraná (-0,8%). Goiás teve estabilidade (0,0%) na passagem entre janeiro e fevereiro.

Para a mesma comparação, no comércio varejista ampliado, o crescimento entre janeiro e fevereiro de 2024 foi de 1,2% com resultados positivos em 21 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Paraíba (5,2%), Pará (4,1%) e Goiás (3,5%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 6 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Maranhão (-2,1%), Mato Grosso (-1,1%) e Espírito Santo (-1,1%).

Todas as 27 unidades da federação registram alta em comparação ao ano anterior

Frente a fevereiro de 2023, a variação das vendas no comércio varejista, no corrente mês, foi de 8,2% com resultados positivos em todas das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Paraíba (19,6%), Amapá (17,9%) e Mato Grosso (17,1%).

Já no comércio varejista ampliado, a variação em fevereiro de 2024 contra fevereiro de 2023 foi de 9,7% com resultados positivos em 25 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Tocantins (19,3%), Paraíba (17,7%) e Amapá (17,0%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram Espírito Santo (-0,8%) e Mato Grosso do Sul (-0,7%).



Fonte: Agência Sebrae

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